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O QUE É HIPERTENSÃO?

A hipertensão é definida como um aumento crônico da pressão arterial sistêmica, podendo ser dos valores máximos (sistólicos), mínimos (diastólicos) ou de ambos. Frequentemente, a hipertensão é associada a distúrbios metabólicos e alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo (como o coração, o cérebro e os rins), sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, como a dislipidemia (alterações do colesterol e triglicérides), a obesidade abdominal, a intolerância à glicose e o diabetes mellitus (DM).

 

A classificação da hipertensão arterial (HA), efetuada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pelas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2016), permite distinguir as seguintes categorias:

 

Classificação da Hipertensão Arterial (>18 anos de idade)

tabela-hipertensão 

Sociedade Brasileira de Hipertensão, 2016.

 

A hipertensão arterial essencial (sem uma causa precisa) constitui, pelo menos, de 90% a 95% de todas as formas de hipertensão. Todas as demais formas de hipertensão, chamadas secundárias, estão associadas a alguma outra doença e compreendidas entre os 5% e 10% restantes. Nesse segundo grupo prevalecem as hipertensões de origem renal e as várias formas de hipertensão endócrina (por hiperaldosteronismo, doença de Cushing, feocromocitoma).

 

A hipertensão arterial sistêmica atinge cerca de 20% da população dos países do mundo ocidental e causa, com o decorrer do tempo, problemas graves.

 

No Brasil, a hipertensão arterial atinge 32,5% (36 milhões) de indivíduos adultos, mais de 60% dos idosos, contribuindo direta ou indiretamente para 50% das mortes por doença cardiovascular. Junto com o diabetes, suas complicações (cardíacas, renais e cerebrais) têm impacto elevado na perda da produtividade no trabalho e da renda familiar, estimada em US$ 4,18 bilhões entre 2006 e 2015.

 

A hipertensão arterial tem um componente familiar. Cerca da metade dos pacientes hipertensos apresenta um traço familiar para hipertensão ou mortalidade cardiovascular prematura em seus parentes de primeiro grau.

 

 

Fatores Ambientais

 

Foi amplamente demonstrada a relação entre o conteúdo de sódio na dieta e os níveis de pressão. A hipertensão arterial parece ser desconhecida entre as populações que consomem pouco sal.

 

Embora muitos médicos estejam convencidos de que o estresse pode contribuir para aumentar a pressão arterial, seu papel ainda permanece controverso.

 

 

Idade e Sexo

 

Nos países industrializados, a pressão arterial média da população aumenta com a idade. Após os 50 anos, a pressão arterial diastólica tende a normalizar-se e, às vezes, até a diminuir, enquanto a pressão sistólica continua a subir até  idade mais avançada.

 

As mulheres, após a menopausa, apresentam maior risco de desenvolver hipertensão arterial.

 

 

Obesidade

 

Foi demonstrada uma correlação entre o aumento dos valores da pressão e o aumento do peso e, ao contrário, a redução da pressão com a diminuição do peso nos obesos.

 

 

Aspectos Clínicos da Hipertensão

 

O quadro é tipicamente pobre e inespecífico, não se notando sintomas nem sinais próprios da hipertensão arterial isolada, especialmente a hipertensão leve.

 

Dor de cabeça (cefaleia), vertigens e zumbidos nos ouvidos são frequentemente considerados como sintomas precoces e frequentes da hipertensão, embora não específicos. A dor de cabeça, especialmente pela manhã ou noturna, opressora e não pulsátil, é relatada por cerca de 50% dos hipertensos e se reduz, em cerca de metade, com o tratamento da hipertensão. Nictúria (micções noturnas) e vertigens também são frequentemente assinaladas nos hipertensos (cerca de um terço dos casos).

 

A pesquisa clínica dos sinais de doenças em outros órgãos é fundamental, sobretudo para a finalidade de avaliação da evolução da hipertensão. É com base neles que é feita a avaliação do risco do hipertenso, pois são esses sinais que indicam se a hipertensão arterial começou a prejudicar o cérebro, o coração (músculo e artérias coronárias) e os rins.

 

 

Complicações

 

A hipertensão arterial determina alterações estruturais no coração, no cérebro, nos rins e nas artérias. Entre essas, podemos citar: hipertrofia ventricular esquerda, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, retinopatia, encefalopatia e nefropatia.

 

QUAIS OS FATORES DE RISCO?

A chance de desenvolver uma doença cardiovascular aumenta com a elevação dos níveis da pressão arterial, ou seja, quanto mais elevada é a pressão arterial, maior é o risco de eventos coronarianos, cerebrais e renais. A diminuição dos níveis da pressão, mesmo os levemente elevados, reduz a mortalidade por causas cardiovasculares, cerebrais e renais. A possibilidade de desenvolver danos aos outros órgãos depende, também, de uma série de fatores de risco associados ao aumento dos níveis pressóricos, como:

  • idade avançada;
  • sexo masculino;
  • eventos cardiovasculares anteriores;
  • nefropatias (doenças renais);
  • tabagismo (fumo);
  • diabetes;
  • dislipidemia (aumento do colesterol LDL e redução do colesterol HDL);
  • vida sedentária;
  • consumo excessivo de sal;
  • ingestão de álcool;
  • obesidade.

 

A presença de um ou mais desses fatores poderia agir como um determinante de risco bem mais grave do que um aumento do nível da pressão.

 

COMO É O TRATAMENTO?

Terapias não Medicamentosas

 

A abolição do fumo, a redução do peso, a redução do excesso de álcool e, sobretudo, a diminuição de sódio na dieta são providências capazes de diminuir a pressão arterial diastólica para o nível de 90 mmHg em alguns hipertensos leves e sem fatores de risco e sem terapia farmacológica.

 

A essas providências, deve-se associar uma maior atividade física e a redução dos níveis de colesterol, para agir também sobre outras situações que agravam o dano da hipertensão.

 

 

Terapêutica Medicamentosa

 

O objetivo principal da terapêutica da hipertensão é reduzir, além dos níveis pressóricos, a incidência das doenças cardiovasculares e da mortalidade associadas à hipertensão.

 

Atualmente, diversas classes de medicamentos estão disponíveis para o tratamento da hipertensão. De um modo geral são eficazes e bem toleradas. A escolha adequada do medicamento vai depender do quadro clínico do paciente hipertenso, avaliado pelo médico.

 


 

Referências

  1. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 107, Nº 3, Supl. 3, 2016.
  2. 2013 ESH/ESC guidelines for the management of arterial hypertension: the Task Force for the Management of Arterial Hypertension of the European Society of Hypertension (ESH) and of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal (2013) 34, 2159–2219.

 

Este material foi elaborado pelo Departamento Médico-Científco (DMC) da Chiesi Farmacêutica Ltda, sendo de caráter meramente informativo. Lembre-se que, em qualquer situação, somente o seu médico pode prescrever os medicamentos adequados ao seu caso e orientá-lo sobre a melhor terapêutica.