O desenvolvimento incompleto do sistema respiratório e das áreas do cérebro que regulam a respiração é um problema comum em prematuros, com gravidade crescente em bebês com baixo peso ao nascer. Essa condição resulta em episódios de apneia espontânea, que é geralmente definida como uma cessação da respiração que dura mais de 20 segundos.
Clinicamente, essa interrupção pode ser acompanhada por uma frequência cardíaca mais lenta e/ou uma redução da quantidade de oxigênio no sangue. Por fim, o tom pálido ou cianótico da pele pode ocorrer em uma criança que sofre um episódio de apneia, juntamente com uma redução do tônus muscular. A baixa idade gestacional está associada com um maior risco de episódios de apneia, que começa geralmente nos primeiros dias de vida.
Episódios mais leves podem ser resolvidos por estimulação tátil do recém-nascido, enquanto episódios mais graves necessitam de intervenção farmacológica com drogas estimulantes, como a cafeína.
A adenosina é um neurotransmissor que modula a atividade neuronal cerebral e que inibe o esforço de respiração. A cafeína opõe-se diretamente a esse efeito por meio do bloqueio da interação da adenosina com os seus receptores celulares, resultando, assim, em um estímulo para reativar a respiração.
Bibliografia consultada:
Eichenwald EC and AAP COMMITTEE ON FETUS AND NEWBORN. Apnea of Prematurity. Pediatrics. 2016;137(1):e20153757