A Síndrome do Desconforto Respiratório Neonatal é uma condição comum em recém-nascidos prematuros. A SDR é um quadro clínico complexo, cujos sintomas são relacionados a um subdesenvolvimento do sistema respiratório do recém-nascido. A gravidade e a incidência dessa patologia estão diretamente ligadas com o grau de prematuridade, e as crianças nascidas antes da 28ª semana de gestação apresentam maior risco.
A insuficiência respiratória em prematuros com a SDR ocorre em decorrência de uma escassez na reserva do surfactante pulmonar, o qual ajuda a criar um biofilme que cobre as paredes internas dos alvéolos. O papel fisiológico do surfactante é permitir que os pulmões se expandam e evitar o colapso (atelectasia) durante a fase expiratória. A falta de surfactante resulta na dificuldade para respirar, na baixa oxigenação e no aumento do esforço e da necessidade de suporte respiratório externo.
A reserva de surfactante disponível em um bebê prematuro é normalmente muito limitada, em comparação com a de um recém-nascido a termo, e diminui como resultado da SDR. Quando necessário, a administração de surfactante exógeno pode aliviar os sintomas da síndrome, completando a reserva endógena de surfactante, permitindo, assim, que o biofilme seja reabastecido.
Bibliografia consultada:
Sweet; European Consensus Guidelines on the Management of Respiratory Distress Syndrome – 2016 Update - Neonatology 2017;111:107–125